Música
A relação musicada de Caetano e Bethânia com o Rio de Janeiro
Conheça a história de alguma das músicas dos irmãos que cantam a Cidade Maravilhosa.
A turnê homônima dos irmãos baianos estreia na cidade maravilhosa no dia 3 de agosto, na Farmasi Arena
No dia 3 de agosto, Maria Bethânia e Caetano Veloso sobem ao palco da Farmasi Arena para o primeiro show da turnê “Caetano & Bethânia”. Com ingressos vendidos pela Ticketmaster, o reencontro dos irmãos santo-amarenses nos palcos do Brasil quebrou recordes de venda e mostrou que a relevância de ambos atravessa gerações.
Com apresentações em 10 cidades brasileiras, a turnê remonta a série de espetáculos feita pelos dois em 1978, eternizada no disco “Maria Bethânia e Caetano Veloso – Ao Vivo”, lançado no mesmo ano. O repertório contava com clássicos como Carcará, O Leãozinho e Tudo de Novo, composta por Veloso para a ocasião.
Se a estreia de 1978 foi em Salvador, os irmãos escolheram o Rio de Janeiro para receber os quatro primeiros shows da reedição do encontro.
Últimos ingressos da turnê Caetano & Bethânia disponíveis
A escolha é justificada: além de residirem na cidade há alguns anos, Caetano e Bethânia cantaram a magia do Rio de Janeiro em diferentes situações. Aqui, separamos algumas músicas que ajudam a contar a relação entre os irmãos de Santo Amaro e a Cidade Maravilhosa.
Onde o Rio É Mais Baiano
Em 1994, a Estação Primeira de Mangueira homenageou os Doces Bárbaros – grupo formado por Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil – com um enredo que cantava a Tropicália e as belezas da Bahia.
Originalmente gravada por Alcione em 1994, Onde o Rio É Mais Baiano remonta a relação entre a capital fluminense, a Bahia e a Mangueira, funcionando como uma carta de agradecimento do baiano à verde e rosa. A música foi regravada por Caetano em 1997, no álbum Livro, e em 2020, em Caetano Veloso e Ivan Sacerdote.
O Nome da Cidade
Inspirado por A Hora da Estrela, livro de Clarice Lispector que narra a chegada da jovem Macabéa em uma metrópole, Caetano Veloso compôs O Nome da Cidade para um espetáculo de Bethânia que saudava a autora ucraniana.
Ao contrário do romance de Clarice, que tem São Paulo como pano de fundo, o Rio de Janeiro foi escolhido no exercício metafórico de Veloso, aludido na canção em versos como “Este rio é mais mar que o mar” e “Essa cidade me atravessa”. A música faz parte de A Beira e o Mar, álbum lançado por Maria Bethânia em 1984.
Meu Rio
Existe algo mais carioca que ter Dudu Nobre tocando cavaquinho em sua música? Meu Rio, lançada em 2000, no álbum Noites do Norte, remonta as memórias da adolescência de Caetano em Guadalupe, bairro da Zona Norte do Rio em que morou aos 13 anos de idade. Símbolos da cidade como Tom Jobim e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro são cantados com ar nostálgico nos versos da música.
Cria da Comunidade
Samba composto por Xande de Pilares e Serginho Meriti, Cria da Comunidade narra uma história de superação. Para isso, lista bairros da periferia carioca como Acari, Coelho Neto e Pavuna. A música, que segue a tradição Bethânica de cair no samba, faz parte de Noturno, último álbum de estúdio da cantora, lançado em 2021.
A turnê “Caetano Veloso & Maria Bethânia” passa pelo Rio de Janeiro nos dias 3, 4, 10 e 11 de agosto, na Farmasi Arena. Os últimos ingressos estão disponíveis na Ticketmaster Brasil, única plataforma de vendas online dos shows. Para saber mais, clique aqui.